Plenária analisa projeto arquitetônico e potencial econômico

O mercado municipal foi debatido na plenária do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu) de quarta-feira, 29. A proposta é criar um equipamento urbano como espaço de convivência regional permanente para a comunidade, dando visibilidade às diferentes etnias que convivem em paz na região e na cidade.

O debate girou em torno do projeto arquitetônico e do potencial econômico e foi conduzido por João José Passini, consultor da Itaipu Binacional e da Fundação Parque Tecnológico Itaipu. Segundo ele, a ideia é unir abastecimento, integração cultural e social, gastronomia, produtos regionais, artesanato e turismo.

“É um equipamento urbano, um espaço de convivência que tenha a alma na cidade, no qual a população de Foz do Iguaçu se enxergue nele. O mercado tem como foco atender a comunidade iguaçuense e da região. Obviamente passará a ser um atrativo turístico pelo formato proposto”, afirmou Passini.

Estrutura – Serão cerca de 130 lojas, entre hortifrutigranjeiros, açougue, peixaria, laticínios e frios, empório, bebidas, mercearia, temática, étnica, quiosque e restaurante. O terreno possui 10.450 m² (24.722 m² de área construída em dois andares e subsolo) e previsão de 528 vagas de estacionamento. A projeção é gerar dois mil empregos diretos e indiretos. O investimento previsto é de R$ 46 milhões.

Um dos pontos altos do empreendimento é a sua localização. Ele funcionará na sede do antigo DRM (Departamento de Serviços e Manutenção), na José Maria de Brito com Rua Di Cavalcanti, no Jardim das Nações. Ou seja, com facilidade de acesso para consumidores locais, regionais e turistas. Sua instalação deve desenvolver o bairro e seu entorno, tanto no aspecto urbano, comercial e residencial.

O mercado municipal também deve ser sustentável, com eficiência energética, utilizando para isso várias plataformas para economizar e gerar energia. Entre as ferramentas pensadas está o aproveitamento da água captada da chuva, iluminação solar, transformação de resíduos orgânicos em biogás e mantas térmicas verdes para diminuir o calor.

Nova mesa

A reunião ordinária do plenário realizada na quarta-feira foi a primeira sob a condução da nova mesa diretora do Codefoz, composta pelo presidente, Roni Temp; vice-presidente, Leandro Costa; e secretário-geral, Gilmar Piolla. O prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira, permanece como presidente de honra do conselho.

A ordem do dia teve ainda a apresentação do Programa Oeste em Desenvolvimento, pelo seu presidente, Mário César Costenaro, a apresentação e aprovação de novas câmaras técnicas do Codefoz e a apresentação e aprovação da proposta da lei municipal que criou o Codefoz, bem como mudanças no regimento interno do conselho.

Estudo destaca viabilidade do projeto

Membro do Grupo de Estudos Urbanos (GEU), Luis Carlos Francischini apresentou três aspectos da viabilidade econômica do projeto: geografia de mercado (oportunidades e limites levando em conta a localização no território municipal, como a oferta já instalada e potencial de consumo), estudo exploratório (especialistas do mercado turístico) e estudo comportamental (moradores e turistas).

A empresa entrevistou moradores para saber a percepção da comunidade em relação à proposta. Para a população, Foz não conta com nenhum empreendimento de qualidade e com proposta semelhante para atender os habitantes locais e turistas. Outra constatação é o anseio do segmento de turismo por novas atrações e opções de passeio. O mercado municipal será uma boa oportunidade para o crescimento do setor.

Feita a apresentação do projeto do mercado municipal, o debate continua na câmara técnica criada exclusivamente para aprofundar a análise. A participação no grupo de trabalho é pública. Mais informações pelo telefone (45) 2105-8134 ou pelo e-mail secretaria@codefoz.org.br.