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Movimento do Oeste do Paraná contra alto preço do pedágio se fortalece

(Em 25 de janeiro de 2016)

 Mais de 250 pessoas participaram do evento - Foto: Marcos Labanca

Mais de 250 pessoas participaram do evento – Foto: Marcos Labanca


O próximo passo será o lançamento de uma campanha de mídia solicitando uma nova licitação

O movimento do Oeste do Paraná contra o alto preço do pedágio ganhou força. Mais de 250 pessoas, entre elas empresários, prefeitos, vereadores, quatro deputados estaduais, Cláudia Pereira, Márcio Pacheco, Chico Brasileiro e José Carlos Schiavinato e, o deputado federal, Evandro Roman abraçaram a proposta da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística do Programa Oeste em Desenvolvimento de solicitar ao Governo do Estado a não-renovação e a atualização dos contratos de pedágios aplicados na BR-277. A adesão ocorreu nesta sexta-feira (22), no Hotel Bella Itália, em Foz do Iguaçu.

Segundo o presidente do Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro, esse não é um movimento partidário, mas da sociedade que busca o crescimento econômico e social do Oeste do Paraná. “Estamos a favor do Oeste. A diversidade partidária dos próprios deputados, prefeitos e vereadores demonstra união na defesa de uma causa”, afirmou.

O próximo passo será o lançamento de uma campanha de mídia pedindo uma nova licitação para administração das rodovias com base nos modelos atuais de concessão, chamados de terceira geração e aplicados em várias rodovias brasileiras a partir de 2014.

Danilo: O que buscamos é uma nova licitação com contratos que entrarão em vigor a partir de 2022 - Foto: Marcos Labanca

Danilo: O que buscamos é uma nova licitação com contratos que entrarão em vigor a partir de 2022 – Foto: Marcos Labanca

“Neste contrato atual não podemos pedir a redução da tarifa, considerada uma das mais altas do Brasil e se solicitarmos mais obras, precisaremos pagar por elas. O que buscamos é uma nova licitação com contratos que entrarão em vigor a partir de 2022”, explicou Danilo Vendruscolo, coordenador da Câmara Técnica.

O movimento existe porque o Governo do Paraná apontou a intenção de prorrogar o contrato em vigor até 2021 por pelo menos mais 20 anos.

Preços reais

Codefoz - Movimento contra o pedágio - Foto Marcos Labanca (11)

João Artur Mohr: defendemos a uma nova licitação. Com novas regras. Que defenda os usuários – Foto: Marcos Labanca

João Artur Mohr, Membro do conselho temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), fez uma comparação entre o modelo utilizado no Paraná – o primeiro do Brasil – com demais estradas brasileiras levando em conta o fluxo de veículos, valor da tarifa e obras realizadas.

Enquanto a média do valor aplicado por eixo nas rodovias paranaenses é de R$ 9,58 a cada 100 quilômetros, em Mato Grosso do Sul é R$ 5,90, no contrato firmado em março de 2014. Aqui, a concessão previu apenas 32% de duplicação nas estradas enquanto as sul-mato-grossenses exigem 98% das rodovias duplicadas em no máximo cinco anos.

“Quando assinamos esses documentos não tínhamos experiências, pois fomos os primeiros e vivíamos uma instabilidade econômica. Por isso defendemos a uma nova licitação. Com novas regras. Que defenda os usuários”, disse.

Codefoz - Movimento contra o pedágio - Foto Marcos Labanca (7)

Homero Marchese: numa nova licitação, com base nos modelos atuais, o valor do pedágio pode reduzir de 40% a 50% – Foto: Marcos Labanca

O advogado Homero Marchese acredita que numa nova licitação, com base nos modelos atuais, o valor do pedágio pode reduzir de 40% a 50%. “Nos trechos do Oeste onde se paga cerca de R$ 15 a cada 100 quilômetros cairá para R$ 6 ou R$ 7 e o volume de obras duplicará”.

Defendendo o agronegócio

Dilvo Grolli:"De cada 100 sacas de soja enviada ao Porto de Paranaguá, duas são utilizadas para pagar o pedágio - Foto: Marcos Labanca

Dilvo Grolli:”De cada 100 sacas de soja enviada ao Porto de Paranaguá, duas são utilizadas para pagar o pedágio – Foto: Marcos Labanca

O diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, acredita na necessidade de uma revisão para defender o agronegócio do Oeste. “O custo total do pedágio para a exportação agroindustrial da região custa R$ 100 milhões por ano”. E completou: “De cada 100 sacas de soja enviada ao Porto de Paranaguá, duas são utilizadas para pagar o pedágio. No milho, sobe para cinco”.

(Oeste em Desenvolvimento)

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