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Pela redução do pedágio, lideranças do Oeste escrevem carta ao Governador Beto Richa

(Em 20 de fevereiro de 2016)

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Encontro na ACIFI, em Cascavel.

CLIQUE AQUI para ler o documento.

Mais de 150 pessoas, entre elas empresários, prefeitos, vereadores e três deputados estaduais, Márcio Pacheco, Leonaldo Paranhos e Ademir Píer, aprovaram nesta quinta-feira, 18, na sede da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (Acic), em Cascavel, a carta elaborada pela Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística do Programa Oeste em Desenvolvimento que será enviada, na próxima semana, ao Governador do Paraná, Beto Richa, solicitando a redução das tarifas de pedágios na BR-277.

As lideranças aprovaram também o slogan da campanha de mídia que, em breve, reforçará o movimento: “Pedágio no Paraná: não há prorrogação, auditoria já!”.

A carta que começou a ser escrita em Foz do Iguaçu, no dia 22 de janeiro, na presença de mais de 250 pessoas, entre elas quatro deputados estaduais, Cláudia Pereira, Márcio Pacheco, Chico Brasileiro e José Carlos Schiavinato e, o deputado federal, Evandro Roman, sugere que ao invés de renovar, antecipadamente, por mais 20 anos, os atuais contratos considerados defasados, seja feita uma nova licitação com base nos modelos atuais utilizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, por exemplo. Nesses três estados, o valor cobrado por quilômetro rodado é metade do paranaense e a quantidade de rodovias duplicadas é no mínimo, o dobro. Os atuais contratos vencem em 2021.

O documento solicita também que, o Governo do Estado ouça a opinião dos paranaenses por meio de audiências públicas, tendo em vista que os altos preços incidem diretamente nos custos dos produtos comercializados na região.

Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Infraestrutura e Logística, Danilo Vendrúscolo, a prorrogação dos contratos não beneficiará em nada a região, pelo contrário, continuará perdendo competitividade por gastar 22% do valor do frete em pedágio. “Cerca de 90% da nossa produção escoa pela BR-277. Precisamos de uma nova licitação onde o vencedor aplique um preço menor”.

O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mário Costenaro, ressaltou que este movimento não tem ideologia política partidária, mas em defesa do território. “Precisamos nos unir e não permitir essa prorrogação”.

Tudo duplicado

O advogado Homero Marchese, comparou a prorrogação dos contratos a reforma de um edifício condenado, onde a reconstrução é a melhor alternativa. “Fomos o primeiro estado a pedagiar as rodovias. Não tínhamos experiência e vivíamos uma instabilidade financeira, por tanto, não devemos prorrogar um contrato que está comprometido. O ideal é licitarmos novamente. O resultado será uma tarifa pelo menos 50% inferior”, disse. Nos trechos do Oeste onde se paga cerca de R$ 15 a cada 100 quilômetros cairá para R$ 6 ou R$ 7 e o volume de obras duplicará.

Edson Vasconcelos, da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), alertou que se for realizado um novo certame, até 2035, todas as estradas do Paraná estarão duplicadas. O atual modelo, chamado de 3ª geração, prevê a realização de obras nos primeiros cinco anos e não nos últimos seis como vem ocorrendo no estado.

Em prol do agronegócio

O diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, acredita na necessidade de uma revisão para defender o agronegócio do Oeste. “O custo total do pedágio para a exportação agroindustrial da região é de R$ 100 milhões por ano”. Para o agropecuarista isso representa gastar 10,5 sacas de soja para cada carreta que vai de Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá. “Nós do Oeste precisamos defender nossa região. Não podemos ficar calados. Queremos auditoria nos contratos e buscamos uma tarifa mais justa”.

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