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Codefoz reforça mobilização cidadã para controle da epidemia de dengue 

(Em 3 de abril de 2023)

Epidemia de dengue em Foz do Iguaçu foi pauta da plenária do Codefoz em março – foto: Assessoria

Objetivo é reforçar trabalho da comunidade na prevenção e conscientização, monitorar e cobrar ações efetivas do poder público.

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codefoz) está mobilizando a sociedade civil em torno de ações que contribuam para o controle da epidemia de dengue em Foz do Iguaçu. O tema é conduzido pela mesa diretora, que o pauta junto à plenária e aos colegiados da fronteira.

O objetivo é reforçar o trabalho da comunidade, a partir do engajamento de instituições, universidades e setor empresarial em campanhas de prevenção e conscientização. Também serão monitoradas as medidas adotadas pelo poder público e cobradas ações efetivas.

A agenda será integrada à dos conselhos de desenvolvimento das cidades da região trinacional, com iniciativas comuns realizadas nas localidades da Argentina, Brasil e Paraguai. No município, um grupo de trabalho do Codefoz foi aprovado para conduzir as atividades.

“A dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são conhecidas. É inadmissível que estejamos vivendo mais uma epidemia, e grave”, cobra o presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves. “Estamos agindo no hoje e vigilantes para que não tenhamos a reprise do quadro atual em 2024”, completa.

Instituições da sociedade civil farão campanha da cidadania de conscientização e prevenção – foto: Assessoria

O dirigente explica que o conselho é uma instância que reúne a representatividade social e governamental, delibera e demanda ações, não sendo executor de políticas públicas, o que cabe à gestão. Contra a dengue, o Codefoz atua como o espaço unificador e catalisador das iniciativas.

“Vamos fazer o compartilhamento de peças, materiais e outras medidas tomadas pelas instituições que integram o conselho, reforçando a mensagem por meio de novos segmentos que falam diretamente a seus públicos”, enumera. “É uma mobilização cidadã contra a dengue”, conclui Fernando.

Epidemia severa 

A cidade está em situação e emergência devido à epidemia de dengue. São 22 mil notificações e 1.500 casos confirmados, além de cinco mortes, no período epidemiológico 2022–2023; já os casos confirmados de chikungunya passam de 200. Há lotação e falta de vagas em equipamentos públicos de saúde.

O secretário do Codefoz, Carlos Silva, acrescenta a preocupação do setor de turismo, já que a atividade ainda se recupera gradativamente da pandemia de covid-19. O temor é de que a dengue possa trazer ainda mais prejuízos, agregando entraves sociais e econômicos à crise sanitária.

“Nos preocupa a forma com que esse problema é transmitido fora da cidade. Medidas de cima para baixo não adiantam. Temos que mitigar a doença aqui, para proteger a população e a cidade”, opina. “Devemos apostar na informação e sensibilização das pessoas”, finaliza Carlos.

Cenário 

A epidemia de dengue foi pauta da última plenária do Codefoz, quarta-feira, 29. Na ocasião, gestores e técnicos da equipe da Secretaria Municipal de Saúde e do Comitê de Controle e Prevenção da Dengue atualizaram o cenário epidemiológico, apresentaram as ações mantidas pelo poder público e apresentaram sugestões para atuação da sociedade civil no controle da doença.

Mesa diretora e legislação 

Ainda na sessão mensal de março, o assessor especial do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Newton Ricardo de Almeida, foi eleito para o cargo de vice-presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz). Ele foi empossado durante a plenária.

“Contem com a gente sempre. A Itaipu será parceira nos projetos de desenvolvimento de Foz do Iguaçu”, enfatiza Newton. Ele substitui o almirante Luiz Carlos Faria Vieira, que desempenhou a função até o começo deste ano.

A plenária também aprovou o início do processo de revisão da legislação do Codefoz, com a criação de um grupo de trabalho. “A ideia é que a atualização resulte no direcionamento da atuação para determinadas agendas de desenvolvimento”, diz José Borges Bomfim Filho, da equipe técnica do conselho.

 

 

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