O diálogo contou com a exposição do professor doutor Paulo Cruz Filho, empreendedor BCorp e consultor para impacto.
Impacto positivo e regenerativo em organizações e sociedades exige mudanças de paradigmas, em coconstrução pelos atores que operam em determinada realidade. Esse foi o indicativo do professor, pesquisador e consultor Paulo Cruz Filho, de Curitiba (PR), a lideranças da Região Trinacional, nessa terça-feira, 13.
Ele participou de reunião da Câmara Técnica de Inovação, Empreendedorismo e Impacto do Codetri (Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu). O encontro recebeu integrantes dos conselhos de desenvolvimento fronteiriços e de entidades da sociedade civil e governamentais.
O objetivo da reunião foi relacionar impacto positivo e regenerativo com desenvolvimento sustentável da Região Trinacional. O consultor afirmou que a ideia de impacto sempre esteve presente na história das sociedades humanas, ganhando relevância, recentemente, entre a sociedade organizada, poder público e empresas.
“Muito se fala de geração de impacto de fora para dentro. Mas o impacto realmente acontece quando se vai à comunidade para coconstruir soluções junto a ela”, expôs Paulo. “É uma mudança de cultura, de paradigma”, asseverou, dando exemplos e conceitos.
O empreendedorismo e o ambiente corporativo, defendeu, podem estimular projetos em que os benefícios sejam coletivos, para mim (eu), os outros (inter-relações) e para nós (o planeta), pontuou. “É possível construir e implementar alternativas econômicas inclusivas e regenerativas para todas as pessoas, territórios e para o planeta”, refletiu Paulo Cruz Filho.
Inovação e empreendedorismo
Coordenadora da Câmara Técnica, Mariangela Lückmann destacou que o objetivo dos primeiros encontros dessa CT é desenvolver os pressupostos de impacto positivo e regenerativo no contexto da Região Trinacional, por meio dos organismos conectados à rede do Codetri.
“É um novo olhar para que possamos fazer uma transformação, tanto nas organizações quanto em termos de comunidade integrada dos três países”, explicou. “Esse escopo abrange a convivialidade, os negócios, a inovação e o empreendedorismo, mais a geopolítica, ou seja, em todas as áreas relacionadas ao nosso território trinacional, sob a compreensão do impacto que regenera e impulsiona o melhor bem viver às vocações de nosso território”, declarou.
A intenção é coconstruir uma rede pró-território trinacional, por meio da inovação e do empreendedorismo, permeada pelo impacto. “Queremos construir e implementar um ecossistema regenerativo em termos das pessoas que vivem aqui e suas organizações”, concluiu Mariangela.
(AI Codefoz)